Apesar dos reflexos da crise econômica mundial, que, felizmente, parece estar perdendo força, o Brasil continua a integrar o grupo de países emergentes de destaque. No centro desse cenário, estão os executivos, que contam com o reconhecimento externo e alimentam a exportação de mão de obra especializada para diferentes países.
Os anos de turbulências da economia brasileira forjaram executivos fortes, atentos, criativos e flexíveis a situações adversas, um perfil valorizado no atual cenário de profundas mudanças no mercado externo e de globalização da força de trabalho. Entretanto, esse reconhecimento poderá gerar problemas internos em médio e longo prazos, caso não sejamos capazes de reter nossos talentos e reforçar valores éticos que buscam o crescimento da coletividade empresarial.
Aqui vale um paralelo com o futebol. Hoje, dificilmente somos capazes de escalar um time de craques que vestem a camisa da seleção brasileira. Nossos melhores jogadores estão espalhados pelo mundo, atraídos pelos euros, dólares e fama. E pior: os que ainda “defendem” o Brasil em competições internacionais preocupam-se em “bater uma bolinha” e voltar para o colo do Velho Mundo.
E no universo corporativo? Igualmente, estamos arriscados a sofrer as consequências do “êxodo de talentos”, além da falta de comprometimento com objetivos comuns, gerada pela “vaidade do reconhecimento”, o que resulta em frutos não positivos, como a quebra de valores éticos e de relações duradouras.
Portanto, devemos orgulhar-nos do reconhecimento internacional de nossos profissionais. É ótimo estarmos em alta no Exterior. Porém, mais do que isto, precisamos valorizar internamente nossos talentos e, se possível, retê-los com o objetivo de forjar um mundo melhor para as corporações e os profissionais.
Para isto, acredito que cabe às empresas estimular o exercício do desenvolvimento de uma cultura ética, de valorização da “orquestra corporativa”, para manter a harmonia, combatendo a criação de um ambiente no qual todos querem ser solistas ou craques inigualáveis, num jogo de vale-tudo.
Penso que apenas assim conservaremos nosso espírito de corpo e praticaremos o que tão bem definiu o escritor uruguaio Eduardo Galeano em seu livro “Veias da América Latina”: “Há valores que estão além de qualquer cotação. Não há quem os compre, porque não estão à venda. Estão fora do mercado e por isto sobrevivem.”
Pense nisto e até a próxima!
Para trazer experiência e motivação para os interesses de todos os profissionais de Recursos Humanos
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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Aslan Almeida Filho
- Aslan Filho
- toronto, Acre, Brazil
- Uma pessoa simpática; gosto de fazer amizades; Fazer contatos profissionais. Superior em Gestão de Recursos Humanos. Atuando como Gerente Administrativo na Concessionária Yamaha. Motivador na Gestão de Pessoas. Planejamento estratégico e Orçamentário. Atribuições extracurriculares: ** Consultor em RH ** Recrutamento e Seleção de Pessoal ** Auditoria em RH ** Planejamento Estratégico ORganizacional ** Programador 5S
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